Um Samba para Seu Jorge e um vinho para o coração
Acreditem se quiser: Eu sei sambar.
Cresci ouvindo o contrário e hoje,com meus poucos 20 anos e mais meio metro de perna, consigo sincronizar o molejo da cintura com os passinhos de calcanhar levantado. Tudo sem muita sutileza, porque para mim samba já nasceu meio escrachado, vem da rua, de gente descalço, onde os saltos femininos nunca puderam ser tão finos. Então, eu sou fina, mas meu samba é sem vergonha. Veja bem, o meu samba, não meu coração.
A história começa um dia antes do show do meu nego preferido desse país no momento: Seu jorge, o único que me faz dançar com aquela vontade de ir até o chão e não estar nem aí se a calcinha está aparecendo e alguém está olhando. Ele é desses homens que nasceu para fazer a gente se sentir inteira, como ele é no palco, eu tentei ser na platéia, com minha alegria. Mas sim, a história começa antes.
Eu acordei no dia do show com um samba-rock de amor na cabeça. A maioria não sabe, nem me dá muito crédito, mas eu gosto de me arriscar musicalmente. Na verdade, a música que já se arrisca em mim faz algum tempo.
O Samba era muito Seu jorge, tanto que eu pensei: "É para ele." Mas aí entra o engano, típico de jornalista meio artista indecisa...
Umas semanas atrás,um moço que nada tem a ver com o Seu jorge, que canta rock de garagem e fuma baseado entrou na minha roda de bamba. E eu acabei misturando tudo.
O samba foi pra ele, inspirado na verdade do Seu Jorge. Porque eu queria que ele soltasse aquele cabelão preso com elástico preto e imitasse um pandeiro nas mãos para eu sambar e requebrar na sua frente.
Logo quando nosso primeiro encontro inusitado aconteceu, eu até tentei fazer um blues romântico que teria com certeza mais a cara do que ele poderia gostar, mas não seria o mais verdadeiro possível. Sabe Seu Jorge ? Tive Razão ? Carolina ? São Gonça ?
Em encontros de final de semana e ligações que sempre tem que parecer "casuais",que sempre esperam um convite, que sempre geram uma expectativa, esse moço sambou longe de mim.
Viu o Seu Jorge tão de perto quanto eu.
Consumiu o mesmo ar e a mesma verdade. Só não deve ter sambado e rebolado até o chão.
Ah...a gente nem se esbarrou no show, mas foi bom perceber que algum bandolim existia dentro dele. E eu nem precisei cantar o meu samba, que já estava feito, com letra, melodia e verdade. Deixo para o Seu Jorge cantar um dia, ou para quem sabe, esse mesmo moço se apaixonar e virar cantor de pagode romântico ao invés de metaleiro.
A lição que tenho tirado de toda essa mistura ritimada, é que dançar, suar até pingar, e fazer canções sem saber para quem, faz a gente acreditar que já sabe gingar melhor, que mesmo tendo pouca idade já temos malandragem de sambista...
Pensamos que o coração já tem a batida do pandeiro...
E a gente pensa até que já sabe ser fiel a si mesma.
É...
Fiel a taça de vinho para amolecer o coração.
Fiel a porção de maniva para sustentar essas emoções.
Cresci ouvindo o contrário e hoje,com meus poucos 20 anos e mais meio metro de perna, consigo sincronizar o molejo da cintura com os passinhos de calcanhar levantado. Tudo sem muita sutileza, porque para mim samba já nasceu meio escrachado, vem da rua, de gente descalço, onde os saltos femininos nunca puderam ser tão finos. Então, eu sou fina, mas meu samba é sem vergonha. Veja bem, o meu samba, não meu coração.
A história começa um dia antes do show do meu nego preferido desse país no momento: Seu jorge, o único que me faz dançar com aquela vontade de ir até o chão e não estar nem aí se a calcinha está aparecendo e alguém está olhando. Ele é desses homens que nasceu para fazer a gente se sentir inteira, como ele é no palco, eu tentei ser na platéia, com minha alegria. Mas sim, a história começa antes.
Eu acordei no dia do show com um samba-rock de amor na cabeça. A maioria não sabe, nem me dá muito crédito, mas eu gosto de me arriscar musicalmente. Na verdade, a música que já se arrisca em mim faz algum tempo.
O Samba era muito Seu jorge, tanto que eu pensei: "É para ele." Mas aí entra o engano, típico de jornalista meio artista indecisa...
Umas semanas atrás,um moço que nada tem a ver com o Seu jorge, que canta rock de garagem e fuma baseado entrou na minha roda de bamba. E eu acabei misturando tudo.
O samba foi pra ele, inspirado na verdade do Seu Jorge. Porque eu queria que ele soltasse aquele cabelão preso com elástico preto e imitasse um pandeiro nas mãos para eu sambar e requebrar na sua frente.
Logo quando nosso primeiro encontro inusitado aconteceu, eu até tentei fazer um blues romântico que teria com certeza mais a cara do que ele poderia gostar, mas não seria o mais verdadeiro possível. Sabe Seu Jorge ? Tive Razão ? Carolina ? São Gonça ?
Em encontros de final de semana e ligações que sempre tem que parecer "casuais",que sempre esperam um convite, que sempre geram uma expectativa, esse moço sambou longe de mim.
Viu o Seu Jorge tão de perto quanto eu.
Consumiu o mesmo ar e a mesma verdade. Só não deve ter sambado e rebolado até o chão.
Ah...a gente nem se esbarrou no show, mas foi bom perceber que algum bandolim existia dentro dele. E eu nem precisei cantar o meu samba, que já estava feito, com letra, melodia e verdade. Deixo para o Seu Jorge cantar um dia, ou para quem sabe, esse mesmo moço se apaixonar e virar cantor de pagode romântico ao invés de metaleiro.
A lição que tenho tirado de toda essa mistura ritimada, é que dançar, suar até pingar, e fazer canções sem saber para quem, faz a gente acreditar que já sabe gingar melhor, que mesmo tendo pouca idade já temos malandragem de sambista...
Pensamos que o coração já tem a batida do pandeiro...
E a gente pensa até que já sabe ser fiel a si mesma.
É...
Fiel a taça de vinho para amolecer o coração.
Fiel a porção de maniva para sustentar essas emoções.
Marcadores: coração, samba-rock, Seu jorge
1 Comentários:
Às 3 de novembro de 2007 às 18:31 , Palo disse...
Parece que não às vezes, ma seu tõ de olho, tõ te lendo, e te entendo... assim, do meu modo.
bjos!
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