Um corte na singularidade
Os dias têm colocado vários desafios em minhas mãos. Uns mais complexos, outros que por parecer simples, viram pequenos pedaços de nervosismo a cada momento que estão sendo realizados.
E uma frase nesses dias cortou os meus ouvidos e ficou de uma forma completa e inesperada:
"Tome, Dr. , esta tesoura e corte minha singularíssima pessoa".
Augusto dos Anjos pede para acabar com essa mania de querer ser completa, uma singularidade equivocada pelo plural desumano dos nossos dias.
Pois é, esses dias plurais parecem me exigir uma singularidade inexistente. Onde esconder a tesoura? Onde cortar e não sangrar?
As formas das minhas idéias estão desmontadas dentro do sapato, da unha por fazer, do cabelo molhado, das olheiras das manhãs sem cor.
Eu me ponho a desenhar o traçado que a tesoura terá que percorrer, suavemente, profundamente, com a força pontiaguda do metal. O traçado tem que ser exato, não quero cortar onde não está sobrando, onde a veracidade da idade ainda completa os sonhos degustados por outros plurais, outros ideais, outras maravilhas.
O que costura tudo isso depois é o mesmo que um dia foi a tesoura.
Então, o que me consola, é que a menina-maniva já carrega no nome um incremento que nunca a deixará ser singular.
E uma frase nesses dias cortou os meus ouvidos e ficou de uma forma completa e inesperada:
"Tome, Dr. , esta tesoura e corte minha singularíssima pessoa".
Augusto dos Anjos pede para acabar com essa mania de querer ser completa, uma singularidade equivocada pelo plural desumano dos nossos dias.
Pois é, esses dias plurais parecem me exigir uma singularidade inexistente. Onde esconder a tesoura? Onde cortar e não sangrar?
As formas das minhas idéias estão desmontadas dentro do sapato, da unha por fazer, do cabelo molhado, das olheiras das manhãs sem cor.
Eu me ponho a desenhar o traçado que a tesoura terá que percorrer, suavemente, profundamente, com a força pontiaguda do metal. O traçado tem que ser exato, não quero cortar onde não está sobrando, onde a veracidade da idade ainda completa os sonhos degustados por outros plurais, outros ideais, outras maravilhas.
O que costura tudo isso depois é o mesmo que um dia foi a tesoura.
Então, o que me consola, é que a menina-maniva já carrega no nome um incremento que nunca a deixará ser singular.
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