A saga da paixão pós baile a fantasia
O poderoso James chega a festa. Sua jaqueta de couro, seu olhar amendoado, seu repúdio a dança. James não precisava se mexer muito para chamar atenção.
Parecia não flertar com ninguém, um estranho charme, um eterno flerte consigo mesmo, porém a malícia do olhar esbarrava sempre no de outra mulher. E mulheres alcoolizadas estavam em dúzias, em grupos, quase de pernas abertas no salão. James estava de olhos abertos na medida, e eles foram justo na direção de um pequeno nariz que apontava para o infinito. Infinitas possibilidades, milhões de caminhos, alguns desencontros. Línguas certeiras.
James não esperava acertar, errar, gostava de momentos vividos um de cada vez e palavras também, uma de cada vez. Deus, santos ou o infinito não existiam para ele. Gostou do nariz mas não deu bola para onde ele apontava.
A próxima parada, depois da festa, estava bem em baixo do que aquela jaqueta poderia esconder, do que o nariz da moça poderia cheirar, e do que os poucos quarteirões que separavam as moradias poderiam guardar. O James não era o "Dean", mas ela o viu assim. E insistiu, gravou o perfume, o beijo e a cor dos olhos. Promessas ocultas no pensamento já traçavam o destino dos dois.
Mas os dias de Domingo pareciam conspirar contra esse destino. Logo o primeiro dia da semana, era a sempre a última chance de um romance no paraíso, nos moldes que a moça sonhava. Os sonhos morriam na beira do rio, na beira dos copos de cerveja, na beira dos corpos sem donos. James só achava graça do modo com que ela falava com tanta propriedade de si mesma e arrebitava o nariz, jogava o cabelo, fazia pose de comercial. James gostava de ouvi-la falar e sorrir. Aos poucos imagens já estavam na memória do computador, do celular, do cérebro. A imagem dela, nele. O corpo dele, nela.
Então começaram a jogar o jogo dos dias de domingo, farras e amor com o vento, sucumbindo aquele destino, fantasias todos os dias. A moça resolveu deixar James apontar onde queria ir.
E foi. E foram. E vão.
Nariz avante, lua adiante, carro possante. James está prestes a virar advogado, vai defender causas melhores do que paixões arrebatadoras e talvez divorciar casais de vez em quando. Ela... Bem, está nariguda de tanto tentar amar, mas acha que dessa vez acertou na escolha.
A Menina Maniva tem uma fantasia verde, estratégica, quase um camaleão no mato. Fica irreconhecível quando está apaixonada.
Parecia não flertar com ninguém, um estranho charme, um eterno flerte consigo mesmo, porém a malícia do olhar esbarrava sempre no de outra mulher. E mulheres alcoolizadas estavam em dúzias, em grupos, quase de pernas abertas no salão. James estava de olhos abertos na medida, e eles foram justo na direção de um pequeno nariz que apontava para o infinito. Infinitas possibilidades, milhões de caminhos, alguns desencontros. Línguas certeiras.
James não esperava acertar, errar, gostava de momentos vividos um de cada vez e palavras também, uma de cada vez. Deus, santos ou o infinito não existiam para ele. Gostou do nariz mas não deu bola para onde ele apontava.
A próxima parada, depois da festa, estava bem em baixo do que aquela jaqueta poderia esconder, do que o nariz da moça poderia cheirar, e do que os poucos quarteirões que separavam as moradias poderiam guardar. O James não era o "Dean", mas ela o viu assim. E insistiu, gravou o perfume, o beijo e a cor dos olhos. Promessas ocultas no pensamento já traçavam o destino dos dois.
Mas os dias de Domingo pareciam conspirar contra esse destino. Logo o primeiro dia da semana, era a sempre a última chance de um romance no paraíso, nos moldes que a moça sonhava. Os sonhos morriam na beira do rio, na beira dos copos de cerveja, na beira dos corpos sem donos. James só achava graça do modo com que ela falava com tanta propriedade de si mesma e arrebitava o nariz, jogava o cabelo, fazia pose de comercial. James gostava de ouvi-la falar e sorrir. Aos poucos imagens já estavam na memória do computador, do celular, do cérebro. A imagem dela, nele. O corpo dele, nela.
Então começaram a jogar o jogo dos dias de domingo, farras e amor com o vento, sucumbindo aquele destino, fantasias todos os dias. A moça resolveu deixar James apontar onde queria ir.
E foi. E foram. E vão.
Nariz avante, lua adiante, carro possante. James está prestes a virar advogado, vai defender causas melhores do que paixões arrebatadoras e talvez divorciar casais de vez em quando. Ela... Bem, está nariguda de tanto tentar amar, mas acha que dessa vez acertou na escolha.
A Menina Maniva tem uma fantasia verde, estratégica, quase um camaleão no mato. Fica irreconhecível quando está apaixonada.